Fernando Jorge Mariz

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Ah! Se desaparecesse do mundo a maldade
Extirpada completamente seria a crueldade
Como seria um mundo assim?
Mais linda muito seria a flor de jasmim

Não existiriam mais assassinatos
Ninguém é criminoso nato!
Mínimo seria o medo, quase nenhum
Nas naturais catástrofes
Haveria uma solidariedade tal
A cooperação seria total

Alguém diria!Não é este um mundo chato?
Qual seria a graça?
Ainda existiriam  esportivas leais disputas
Não existiriam heróis da alheia desgraça
Viver assim não seria, entretanto sem graça

Os heróis de guerra seriam passados mitos
Na história seriam memória de pouca significação
Seriam recordados quase como ficção

Surgiriam outros heróis valorizados muito mais
Que do sangue nenhuma gota derramado
E aos homens, animais e plantas
Sempre amaram com destemor
Deles o sublime credo sempre foi o puro amor

Do pedestal seriam derrubados
Heróis nacionais e estrangeiros
“Patriotas” condecorados
Com sangue alheio derramado

Ninguém elogiaria mais
Napoleão,Stalin,Duque de Caxias,Hitler
Nelson, Rosas, ”Alexandre o Grande”etc

Seriam relembrados, da glória sepultada
E outros nomes muito mais enfatizados
Seriam heróis de 2ª classe pela História 
Muito pouco valorizados,pelo mal necessário

Jesus, Buda,São Francisco de Assis,Tolstoi
Sócrates, Aristóteles, Platão,D.Helder Câmara
Bertrand Russell, Martin Luther King,Gandhi
Teriam muito mais relevante papel
Seriam cantados até em poesia de cordel
E suas vidas uma contínua lembrança
Na Educação da Criança

Continuaria à haver desentendimento
Com o mínimo de sofrimento
Mais de vez acabar-se-ia
O pelotão de fuzilamento
A pena de morte do mundo seria banida
Como uma maldição injustificável
Nas diversas formas
Até a “humana morte”
Da injeção letal,patíbulo-Hospital
Na internacional imprensa seria condenada
Como uma imoralidade brutal

E os outros tipos de pena de morte
Aos condenados de menor sorte
Que precisam fazer força para morrer
Como os que morrem pendurados
Com o pescoço apertado
Que não sangram, mas os pés balançam

Ainda tem forma outras de matar
Como a Elétrica Cadeira, matou muita gente
Inclusive muitos inocentes
Basta apertar “uma chave”
E o individuo torrado morre
Lembrando muito um “churrasco”
É de matar uma forma terrível
O corpo ficando irreconhecível

São evidentes formas de crueldade
Ninguém pode contestar
Alguns há a aprovar estas maneiras de matar
Para o crime enfim acabar

Os “terroristas” e “antiterroristas”
Com metas diferentes de matar
Seriam condenados pela História
Como adeptos do terror
São álibis para o falso pudor

Muito teria de se comentar
Sobre um mundo tão exemplar
Mas o assunto não teria fim
Temos que encerrá-lo enfim

No atual presente
Temos a nossa parte fazer
Para o que é utópico
Afinal  possa acontecer

Infelizmente obrigados somos á reconhecer
Que a violência em alguns casos não pode ser condenada
Quando questão de sobrevivência é
Quando numa luta ou perigo real,à uma reação á prepotência
Não é falta de clemência apelar para a violência

Não podemos nos entregar-nos à desesperança
Alimentar temos a esperança
E até mesmo acreditar que as sementes já foram lançadas
E uma era de autêntica paz será alcançada



 
fernandojorge
Enviado por fernandojorge em 28/06/2017
Alterado em 10/08/2017


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